Por Etevaldo Vieira
Faleceu em Campo Grande, na manhã deste domingo (8), a ex-vereadora e militante social professora Maria José de Lima, a professora Zezé.
Filha de família tradicional de Camapuã, desde a juventude foi militante religiosa e depois tornou-se professora e passou a ser "a voz gritante da população" na defesa dos direitos sociais, quando passou a enfrentar as autoridades constituídas o que gerou um misto de maior representante da população em geral.
Em 1982 foi eleita vereadora pelo PDS, saindo depois candidata a prefeita, já pelo PT, quando socializou-se como Zezé do PT, não sendo eleita. Mas , continuou firma na defesa social, na profissão de professora em todas as escolas estaduais existentes no município, sendo eleita diretora da Escola Estadual Abadia Faustino Inácio. Posteriormente, na política, passou a militar pelo PSOL.
É lógico que com tamanha atividade social, tornou-se quase um mito em Camapuã, tanto nos aplausos como nas críticas, já que "não levava desaforo para a casa" e era muito participativa em relação a todos os segmentos da sociedade camapuanense. Enfrentou batalhas contundentes com ideologias políticas diversas, com agricultores e produtores rurais. No entanto, mesmo quando contestada, era por todos respeitada e ouvida.
Participou de sindicatos, associações, conselhos, coordenações praticamente de todos os seguimentos da sociedade.
Nas redes sociais, neste domingo, é possível ver o quanto era amada pela população, e mais, dificilmente pessoas com idades menores que 55-60 anos, hoje grande profissionais em diversas atividades, foram alunos dela em algum momento de sua vida escolar, já que ela iniciou no magistério ainda muito jovem.
Mesmo agora, já muito adoentada, ainda cumpria a missão de coordenadora da Obra Kolping de Camapuã, que presta serviços sociais em Camapuã.
Velório
Infelizmente, por decisão dos filhos, ela não vai ser velada e sepultada onde sempre viveu trabalhou, e quando comentava sobre o momento final, ela sempre demonstrava o amor por Camapuã, pelos amigos que conquistou na cidade, pela respeitabilidade que ganhou de todos, mesmo daqueles que em algum momento já o havia contestado.
Pelo que respeito que sempre mereceu, deveria sim, e com galhardia, ter a última noite de sua matéria física aqui em Camapuã, com as honras na Câmara Municipal, sob o olhar das pessoas que sempre defendeu e amou.
O velório está sendo realizado em Campo Grande no Memorial Park e o sepultamento vai acontecer na manhã de segunda-feira (9).
Contrangimento
A população de Camapuã está, pelas conversas nas ruas da cidade, especialmente em reuniões familiares e religiosos, indiferentemente do seguimento cristão, ficou incrédula por não poder despedir de seu ente querido, mais ainda por a pessoa da professora Zezé ter sido o ícone da defesa dos direitos dos cidadãos e cidadãs.
Com certeza, nos templos, nas famílias e mesmo no sentimento comum e solitário, todos, a seu modo, pediram o reino eterno de Deus para a alma solidária da professora Zezé.
Foto: Reprodução
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